Locaweb Edição 96

blindagem do e-commerce 45 REVISTA LOCAWEB Setores mais afetados Todos os setores estão sujeitos a fraudes. Porém, os produtos commargem de compra e venda mais alta são mais atrativos para os criminosos. É o caso dos eletrônicos – principalmente os celulares – e games. Segundo Edson Ortega, diretor de risco da Visa do Brasil, segmentos commaior desafio comercial exigemoperações mais elaboradas. “O setor de viagens também chama atenção dos fraudadores, por exemplo. Mas é necessário um grupo especializado para atuar no nicho e na revenda desse tipo de mercado. É algo bemmais trabalhoso e que, por isso, registra menos casos”, explica. entrega, meio de pagamento eletrônico usado e dados de comportamento. O banco leva um milésimo de segundo para conferi- los e aprovar ou não a transação”, revela o especialista da Visa. Já uma função bônus que vale a pena procurar na empresa parceira é se ela arca como ônus das transações. “Funciona assim: a companhia faz a análise de perfil e, caso ocorra algumproblema, fica responsável por repassar o dinheiro ao vendedor, que nunca sai prejudicado”, diz Darius, da Yapay. É possível usar essas e outras tecnologias de forma autônoma, mas o recomendado é procurar um parceiro que seja especialista em pagamentos. A GTSM1, por exemplo, é uma loja dedicada ao ciclismo e que está há 20 anos no mercado. Ela até tentou trabalhar sozinha com os sistemas antifraude quando levou a operação para a internet, mas não deu muito certo. “Tomamos muito tombo. Não tínhamos um sistema inteligente o suficiente para comprovar se o cliente era confiável ou não. E não tem jeito, os intermediadores não arcam com as fraudes. Esse é um grande problema, pois sofrer chargeback em ummercado de produtos com tíquete médio alto, como o nosso, pode levar uma loja a fechar as portas”, conta Lucas Felipe Moraes, gerente de marketing da marca. Hoje, a GTSM1 trabalha com a Yapay. “Não temos mais dor de cabeça pensando se o comprador vai pagar ou não. Isso é ótimo, já que 90% do nosso faturamento é online”, revela o profissional. Cenário otimista Apesar dos problemas evidentes com pagamentos online, as tentativas de fraude no e-commerce brasileiro vêm diminuindo a cada ano. Em 2016, 3,85% das compras eram ilegítimas. Esse número caiu para 3,03% em 2017 e para 2,20% em 2018. Os dados são do relatório da Konduto. Edson também lembra que a cada US$ 100 gastos em transações no Brasil, apenas US$ 0,09 correspondem a tentativas de fraude. Isso é um indício de que, embora o País não esteja imune aos golpes – e o resto do mundo também –, as lojas virtuais estão cada vez mais dedicadas a barrar esse tipo de comportamento impróprio. E, assim, a internet está se tornando um ambiente mais seguro para compradores e vendedores. Esse é um cenário que exige esforço contínuo, mas que dá resultado. Lucas, do e-commerce GTSM1, destaca a importância de trabalhar com um parceiro para eliminar a dor de cabeça com fraudes, sobretudo as via chargeback

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