Locaweb Edição 97

C om a chegada do 5G a alguns países como EUA, Coreia do Sul e Alemanha, a empolgação inicial está começando a ser substituída por críticas de que as primeiras implementações da rede não serão tão diferentes com relação à quarta geração. O problema dessa análise é que ela confunde potenciais problemas iniciais da quinta geração com a sua real importância para o futuro. Hoje, podemos ver enormes diferenças na experiência de rede móvel ao comparar sua aplicação em diversas cidades. O sucesso dos smartphones e as tarifas de dados mais baratas impulsionam o uso de dados móveis. Com o número crescente de celulares ativos, há muito congestionamento na rede, já que as velocidades mais baixas sempre ocorrem quando a demanda é mais alta. Por isso, os consumidores precisam do 5G. Caso não seja implementado, as velocidades e outros fatores de experiência na rede móvel piorarão. As implementações de 5G buscam resolver esses problemas práticos, embora a meta mais ambiciosa da conexão seja impulsionar o mercado de Internet das Coisas (IoT). Segundo a 5G Infrastructure Association (5GIA), o Brasil é um dos quatro países estratégicos para a colaboração conjunta no desenvolvimento da tecnologia, ao lado de China, Japão e Coreia do Sul. Isso mostra que o país está cada vez mais apto a fazer parte de um cenário em que a IoT vai se integrar ao dia a dia da população. Com o tempo, os lançamentos de 5G melhorarão a latência móvel, que fará com que tudo, da navegação na Web até a comunicação de voz sobre IP (VoIP), funcione de maneira mais suave e sem intermitências. O maior impacto inicial provavelmente será o de melhorar a experiência do usuário com uma conexão móvel para jogos de ação com vários participantes. Nas primeiras versões do 5G, o smartphone do usuário vai se conectar a uma rede de quinta geração para transmissão de dados, mantendo uma conexão simultânea de 4G. Devido a esse caráter "não autônomo" das redes, elas ainda não trarão todos os benefícios esperados. A mudança real chegará quando as operadoras implantarem um núcleo de rede de quinta geração e lançarem serviço autônomo. Por isso, quando você ouvir falar sobre os problemas iniciais do 5G, em 2020, lembre-se de que isso vai melhorar. Mais do que isso, tenha emmente que a indústria precisará da tecnologia para suportar a massa dos smartphones atuais. Ian Fogg Vice-presidente de análises da Opensignal /ianfogg O 5G aliviará o congestionamento do 4G influenciador 24 REVISTA LOCAWEB