42 | NATUREZA | MATÉRIA DE CAPA | Lição #3 Entre as primeiras decisões no planejamento de um jardim, uma das mais recorrentes é o uso de grama para cobrir o solo. Ela é vista como padrão — quase um “fundo neutro” para os canteiros. No entanto, quando o objetivo é criar um jardim naturalista inspirado na Mata Atlântica, esse modelo perde o sentido ecológico. O gramado comum, além de ser um monocultivo pobre em biodiversidade, exige manutenção constante, irrigação frequente e não oferece benefícios reais à fauna local. A substituição da grama por forrações nativas ou adaptadas é uma das mudanças mais impactantes e funcionais dentro do paisagismo ecológico. Em vez de um tapete uniforme, entra em cena um mosaico vivo, com diferentes alturas, texturas e ciclos vegetativos. Essas plantas cobrem o solo com muito mais eficiência, ajudam a reter a umidade, reduzem o aparecimento de plantas invasoras e, principalmente, passam a ter um papel ativo no ecossistema do jardim. NÃO FAÇA UM GRAMADO, faça mosaicos com plantas diferentes A vedélia é uma opção muito colorida ou por suas manchas no jardim. A erva-da-fortuna (Tradescantia fluminensis) também é bem brasileira e vai bem especialmente quando cultivada à meia-sombra O gramado é sempre a primeira ideia para cobrir o solo, mas usar manchas coloridas e flor das, como a vedélia, dá outro encanto ao paisagismo somsak nitimongkolchai - Shutterstock

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