76 | NATUREZA | CONHEÇA MELHOR | besouros, morcegos nectarívoros. Essas flores geralmente não competem por cor durante o dia, mas investem pesado em contraste à noite. Sem a concorrência das cores intensas, o branco se destaca mesmo sob luz mínima — como o reflexo da lua ou o brilho residual do céu noturno. O branco raramente age sozinho. Ele costuma vir acompanhado de perfume intenso. Há também flores brancas diurnas que, quando em vegetação densa, oferece alto contraste com o fundo verde, atraindo abelhas, borboletas e outros insetos. As cores são como mapas visuais onde cada uma tem seu código específico. Assim, cada código se comunica apenas com o polinizador que lhe interessa Azul, roxo e violeta O espectro secreto Na Natureza, o azul é mais raro — e talvez por isso mais intrigante. Quando aparece, quase sempre carrega funções específicas e mensagens refinadas. Junto com o roxo e o violeta, o azul forma uma faixa de comunicação voltada para olhos mais sensíveis à luz ultravioleta, como as abelhas emitindo o equivalente visual a um “aqui tem alimento”. No paisagismo, os tons frios do azul e do violeta oferecem profundidade visual. São cores que recuam no campo de visão, criando a ilusão de amplitude e frescor em canteiros densos. Na fauna, essas cores são menos comuns, mas não ausentes. Algumas borboletas apresentam escamas azul-metálicas que refletem a luz de forma vívida não por pigmento, mas por estrutura física — um fenômeno conhecido como coloração estrutural. Entre nodff - Shutterstock O azul e suas variantes são cores "opcionais" que saem do lugar comum para olhos que enxergam o ultravioleta. O importante é ser atraente aos polinizadores

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