22 | viajeMais Com 25 séculos, o Partenon, dedicado à deusa Atena, já foi até depósito de pólvora. E foi explodido. Agora está em restauração |grécia| Meus pés mal podem acreditar. Eles pisam nas mesmas pedras onde tantos deuses, sacerdotes, reis e guerreiros deslizaram suas sandálias através dos séculos. Estou no Partenon, imponente no alto da Acrópole de Atenas, cujas colunas vi desde criança em todos os meus livros de história e geografia. Parece o lugar mais que perfeito para começar a viagem de exploração pelo mundo antigo a bordo do Explora I. Como sempre, a realidade é diferente das expectativas e das fantasias. Este chão onde piso tem as pedras polidas de praticamente 25 séculos (foi fundado no século 5 a.C.) e é muito escorregadio. Além de irregular e sem um caminho propriamente dito (nada a ver com um artificial parque em Orlando). Os arqueólogos que aqui trabalham na recuperação do passado não têm muita certeza do que estão fazendo — e esta humildade é de uma enorme sabedoria. Por isso, deixam tudo reversível, caso futuros estudiosos descubram que existem erros e queiram consertar. Assim, passear pela Acrópole (a chamada cidade alta) é se deixar levar pela beleza dos séculos, mantendo sempre o olho onde será seu próximo passo. Encanto-me com o Teatro de Dionísio, na subida ao Partenon. Dedicado ao deus Dionísio, esse espaço ao ar livre foi palco das primeiras grandes obras de autores como Sófocles, Eurípedes e Aristófanes, cujas peças ainda ecoam na minha memória do grupo de teatro grego de que participei na adolescência. em atenas, perto dos deuses
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