viajeMais | 15 Casas da Rua de Santa Maria ganharam desenhos de artistas, parte do projeto Arte Portas Abertas locais curiosas como o peixe-espada-preto. Na entrada principal, há o multicolorido mercado de flores, com floristas trajando roupas típicas — saia vermelha, com finas listras azuis, amarelas, brancas, pretas e verdes; blusa branca, colete vermelho, lenço ou um gorrinho que termina em uma espécie de bico. No átrio, confira as cores e sabores da incrível variedade de frutas, verduras, legumes e passe pelo mezanino para se deliciar com o aroma das muitas especiarias. Não deixe de passear a pé pela Rua de Santa Maria, a primeira da cidade. Além da arquitetura tradicional portuguesa, a rua é palco do projeto Arte Portas Abertas, que estimula os artistas a ocuparem espaços urbanos, com apresentações musicais, performances e pinturas, que adornam as portas dos imóveis. Vá até o imponente Forte de São Tiago, construído no século 17 para defender a cidade de piratas, e complete a jornada com um passeio na orla, pela Avenida do Mar, de onde se tem vistas tanto para a cidade alta como para a Marina do Funchal e a beleza de seus veleiros, cujos mastros gingam com o vento e o balanço do mar. Sabores particulares Não deixe de conhecer delícias locais, que, como tudo na Madeira, são um tanto “endêmicas”. Comece pelo bolo do caco, que é muito mais do que um pãozinho. Feito com farinha de trigo e batata-doce, é leve e macio e combina com tudo – ou mesmo com nada porque também é maravilhoso sozinho. Em muitos cardápios há uma versão de peixe-espada-preto com molho de maracujá e banana. Prove e se surpreenda: esse peixe (meio assustador no mercado, mas delicioso no prato), a banana e o maracujá da Madeira são diferentes dos que conhecemos. Outro destaque é a espetada, feita com cubos macios de carne colocados em um espeto de galho do loureiro, planta que garante um aroma especial ao prato. E, enquanto degusta os “dentinhos da ilha”, que são porções de petiscos, prove a poncha, mistura refrescante de limão, aguardente ou rum e mel de cana da Madeira, um xarope dourado, aromático e saboroso, com denominação de origem controlada. Conhece algo parecido? Dizem que a poncha inspirou a nossa caipirinha. Há ponchas das mais diversas frutas e, segundo os madeirenses, o importante é que ela seja preparada na hora e que seja misturada com o instrumento adequado – o caralhinho. Em tempo: trata-se de um socador de madeira com duas rodas dentadas em uma das pontas, que garante a mistura ideal. Holger Leue Joonas_ Launch Images O bolo do caco e a poncha, um drinque com rum, limão ou laranja e mel de cana
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