24 | viajeMais Do Douro às caves de Vila Nova de Gaia Durante séculos, as pipas carregadas com o vinho do Alto Douro, seguiam em barcos rabelos, embarcações de fundo plano e vela alta, e desciam lentamente o rio. O destino final era sempre o mesmo: as caves de Vila Nova de Gaia, cidade vizinha ao Porto, onde o vinho repousava em grandes tonéis de carvalho antes de seguir para exportação, sobretudo para a Inglaterra. Hoje, os rabelos permanecem ancorados às margens do Douro mas apenas para lembrar do passado e compor um cenário icônico, as proas dos barcos em primeiro plano e, acima delas, o casario empilhado do Porto coroado pela ponte Dom Luís I. As caves de Vila Nova de Gaia seguem abarrotados de toneis e barricas. Quem não viaja uma centena de quilômetros rio acima na direção do Alto Douro pode descobrir ali mesmo os segredos do Vinho do Porto. Entre as casas mais tradicionais, há nomes como a Sandeman, com seus tours teatrais conduzidos por guias vestidos com a capa e o chapéu; a Graham’s, que oferece visitas detalhadas e uma varanda espetacular sobre o Douro; a Taylor’s, uma das mais antigas e prestigiadas; e a Ferreira, a única grande produtora fundada por uma família portuguesa, cuja história está intimamente ligada à figura de Dona Antonia Adelaide Ferreira, a célebre “Ferreirinha”. Fazer um roteiro entre as caves é uma experiência deliciosa — e muito prática também. Os armazéns ficam lado a lado, ligados por ruelas íngremes e calçadas de pedra, que o visitante | Portugal Os antigos barcos rabelos ancorados na margem do Rio Douro em Vila Nova de Gaia A cave de barricas da Taylor’s e a mesa de degustação da Graham’s, em Vila Nova de Gaia Andrei Antipov_Shutterstock Javarman_Shutterstock
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