Viaje Mais 293

viajeMais | 41 Gordes, incrustada no alto de uma colina, é considerada uma das vilas históricas mais lindas da França Sobre duas rodas, Fabiana e eu tivemos liberdade para fazer tudo em sintonia com o tempo provençal, que parece seguir uma toada suave, ditada pelos ciclos da natureza. Respiramos a paisagem, seguimos rotas previstas e imprevistas, que, por vezes, nos levaram a caminhos de terra mal-cuidados e cheios de mato, mas também a estradas cênicas e maravilhosas, que escalam encostas e serpenteiam entre as florestas e os campos cultivados. Claro que a Provença revelou também seus poderes em nossos músculos, ossos e articulações… mas isso faz parte da experiência. É bom explicar que não sou nenhum esportista e já passei dos sessenta. Fabiana, mais jovem e bem-preparada fisicamente, tem muito ímpeto, mas também está longe de um perfil olímpico. Ainda assim, acredite: com um pouco de condicionamento físico e um planejamento cuidadoso, é possível encarar longos percursos de estrada, principalmente com uma bicicleta elétrica tipo touring, com pedal assistido por motor — que, cada vez mais, motiva cicloturistas a viajar por toda a Europa. O mesmo roteiro também pode ser feito de carro, que permite a liberdade de visitar uma a uma as pitorescas vilas e cidades provençais e curtir as paisagens rurais deste roteiro. Ou ainda de trem, a partir de Paris ou Marselha, parando nas principais cidades —Aix-en-Provence, Avignon, Arles e Nîmes, entre outras — e, eventualmente, fazendo excursões tipo bate-volta, que podem até ser de bicicleta, facilmente alugáveis por lá, a cidades, vinícolas e outras atrações. Qualquer que seja o meio de transporte, na Provença o que vale é apurar os sentidos e descobrir novas emoções a cada curva.

RkJQdWJsaXNoZXIy Mzk0Njg=