viajeMais | 77 Refrigerantes Grapette com design dos anos 1950 e produtos que recriam o ambiente da antiga Walton’s 5-10 Brinquedos e objetos antigos em exposição no Museu do Walmart que ali eram oferecidos na segunda metade do século passado. Há bilboquês, bonecos do Senhor Cabeça de Batata, modelos históricos da Barbie e garrafas de Grapette à venda – infelizmente, pelos preços atuais. Em meio a essas e outras memorabilias, o visitante adentra ao museu propriamente dito, cujo acesso é gratuito. Recentemente reformado, o espaço enxuto conta com boa curadoria e revela de maneira cronológica, por meio de murais, objetos e painéis interativos, como o Walmart se tornou uma das marcas mais conhecidas do mundo. A loja número 1 Sam Walton mudou de cidade, mas não de convicções. Estabelecido em Bentonville, seguiu repensando o modelo do varejo e apostou todas as fichas na teoria de que venderia mais caso cobrasse menos, mesmo que isso reduzisse ao extremo a margem de lucro por item. A conta fecharia no volume. A ideia simples, mas ousada para a época, deu tão certo que, uma década depois, o mais famoso dos Waltons, associado a familiares, já tinha aberto 16 lojas de descontos (15 delas franquias da Ben Franklin) nos estados do Arkansas, Missouri e Kansas. Com a ampliação dos negócios, era hora de dar um passo adiante. E foi assim que, em 1962, foi inaugurado o primeiro Walmart Discount City em Rogers, cidade vizinha a Bentonville. A unidade tinha 5.000 m² e vendia desde confecção para crianças e adultos até brinquedos, livros e autopeças. Ainda é possível visitar a loja número 1, hoje transformada em um supermercado convencional da rede. Sam, por mais otimista que fosse, não devia imaginar o potencial que tinha em mãos diante do negócio recém-parido – o que não o impediu de manter-se meticuloso. Por trás das vendas, aprofundou-se no estudo do comportamento das pessoas. Observava o que o público comprava, como reagia às promoções e como se relacionava com os funcionários. Tudo era anotado e transformado em estratégias elaboradas em seu escritório, que foi reproduzido no museu exatamente como ele o deixou antes de falecer, em 1992. Ali estão uma mesa de madeira abarrotada de papéis, canetas e grampeadores, uma luminária antiga e uma cadeira desgastada. Em uma das paredes, destaca-se um quadro que retrata Fotos: Paulo Basso Jr Divulgação
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