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viajeMais | 79 Sorvete de picape F-150 Ao caminhar pelo Museu do Walmart é possível observar diversos elementos que contribuíram para o sucesso do conglomerado, com destaque para o investimento em marketing. A famosa cantora country Dolly Parton, por exemplo, estrelou várias campanhas publicitárias da marca, dando início a uma linhagem que, atualmente, inclui parcerias de produtos estrelados por nomes como Paris Hilton, Drew Barrymore e Sofía Vergara. Sam Walton, porém, sempre preferiu manter-se distante dos holofotes. Sua maior aparição foi quando ganhou a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil dos EUA, entregue pelo presidente George H. W. Bush em 1992 – poucos meses antes da morte do empresário. O reconhecimento veio não apenas pelo sucesso financeiro, mas pelo impacto social de sua filosofia de negócios. Por ter mantido hábitos simples, Sam é uma figura querida até hoje em Bentonville. Os mais antigos adoram contar histórias de quando ele rodava pela cidade a bordo de uma picape Ford F-150 vermelha, que comprou em 1979 e dirigiu até os últimos dias. Certa vez, ao ser questionado por que andava com uma caminhonete tão simples, respondeu: “O que mais eu precisaria?”. Com pintura desbotada e caçamba amassada, o veículo está exposto no primeiro andar do museu. Quem passa por ele alcança o Spark Cafe, sorveteria que remete a mais um costume que marcou a trajetória do fundador do Walmart: o de atender pessoalmente os clientes, muitas vezes oferecendo uma bola de sorvete ou um refrigerante enquanto conversava. Era uma forma de criar conexão direta com o público mesmo depois que a empresa se tornou uma gigante do varejo. O Spark Cafe remete ao costume de Sam de oferecer sorvete aos clientes A picape Ford F-150 que Sam Walton dirigiu até o fim da vida: o “rei do varejo” não era consumista Alekk Pires_Shutterstock Fotos: Paulo Basso Jr

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