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Natureza
P
arece até injustiça da Natureza:
belíssimas e cheias de detalhes, as flores
de algumas espécies de orquídeas – as
chamadas micro e miniorquídeas – não
passam de 2 cm e, em muitos casos, só podem
ser bem observadas com o auxílio de lupas ou
lentes de aumento. O tamanho reduzido, porém,
não diminui o interesse das pessoas por elas.
Muito pelo contrário: como cabem em qualquer
cantinho – literalmente –, essas plantas se
adaptam aos mais variados ambientes e só fazem
ganhar mais fãs.
A maior parte dos diminutos exemplares são
nativos da América Latina, especialmente do
Brasil e do Equador. A
Christensonella
neowiedii
(1)
, encontrada na Argentina e nas
regiões Sul e Sudeste do Brasil, por exemplo,
chama atenção pelas flores amarronzadas que não
ultrapassam 1 cm – a foto da página ao lado, que
compara as dimensões da espécie com as de uma
cabeça de fósforo, não deixa mentir. Sua florada
acontece no outono e no começo da primavera.
Já a taiwanesa
Gastrochilus retocallus
(2)
,
conhecida também pelo sinônimo
Haraella
retrocalla
, esbanja textura nos seus 2 cm de flor. A
pelugem do labelo amarelo com uma mancha roxa
sobressai na espécie que floresce o ano todo.
Comparar as mini e micro-orquídeas a palitos de fósforo e moedas é uma das formas de ilustrar o tamanho diminuto de suas flores
O labelo coberto
por pelugem é um
dos diferenciais
da
Gastrochilus
retocallus
, que
apresenta
flores de 2 cm
1
2
2