RevistaMundo
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Asnotas
daMundo
Imperdível
Muito bom
Bom
Razoável
Ruim
Violência com classe
Não é falsa promessa:
Sword
é daquelas
revistas com histórias que realmente
prendem a atenção do início ao fim.
Criação dos irmãos Luna (
Ultra: 7 dias
e
Mulher-Aranha: Origem
), a série apresenta
Dara Brighton, uma jovem paraplégica
que descobre uma espada capaz de lhe
conferir estranhos poderes e muitas
questões sobre o passado de seu pai.
A arte dos irmãos Luna é impressionante,
com traço estilizado e bastante clean,
mas também com direito a muito sangue
e exposição de vísceras. Tudo sem perder
o bom gosto, é claro. Por trazer uma forte
protagonista feminina e cenas de ação
espetaculares, esse é um daqueles raros gibis
que serve tanto para meninos quanto para
meninas.
Sword
é a chance de trazer umas
amigas para o lado nerd da Força.
A série teve 24 edições publicadas, depois
encadernadas em quatro volumes pela Image.
Eles são relativamente fáceis de achar mundo
afora. Menos no Brasil, infelizmente.
gringos
Meu nome
é London...
O
fato da indústria de quadrinhos
estar mobilizada para produzir HQs
visando adaptações cinematográficas não é
motivo para se produzir obras sem valor no
papel.
Kingsman: Serviço Secreto
, que gerou
um bomfilme de ação estrelado por Colin
Firth, é um belo exemplo. Até porque,
qualquer quadrinho que tenha roteiro
de Mark Millar, arte de Dave Gibbons e
argumento de Matthew Vaughn (o diretor
de
X-Men: First Class
) dificilmente poderia
gerar algo meia-bomba.
A saga do detetive Jack London, que
resolve salvar a reputação do desajustado
sobrinho Gary ao transformá-lo a duras
penas em agente secreto, é conduzida
commaestria pelo trio. É fácil detectar a
picardia típica dos roteiros de Millar, algo
que não está tão presente assim na versão
cinematográfica.
A edição da Panini traz ainda
capas alternativas e esboços, extras
interessantes de conferir em uma
obra profundamente conectada com
a realidade em que vivemos, na qual
a guerra ao terrorismo é um fato.
(Heitor Pitombo)
Kingsman: Serviço Secreto
Panini // 168 páginas // R$ 42
natrilha
dos
Por FERNANDO CARUSO
A
ssim que o roteirista Scott Snyder
assumiu a série mensal do Batman
em 2011, ele parecia determinado a
deixar sua marca na mitologia do herói e
conseguiu, ao criar a Corte das Corujas,
um grupo de conspiradores que dita os
acontecimentos de Gotham desde o século
19. Esse álbum é uma continuação direta
do anterior, em que Batman descobre a
existência da organização, e por isso já
começa no meio da ação.
Logo nas primeiras páginas, a trama
mostra uma invasão dos vilões à Mansão
Wayne e foca os esforços de Batman e
Alfred para sobreviver ao ataque. Tudo
com as ótimas cenas de ação conduzidas
por Greg Capullo, que trouxe um estilo de
arte totalmente novo às HQs do Homem-
Morcego. Omaterial também agrada por
mostrar os momentos finais da inteligente
investigação conduzida por Batman –
iniciada no álbum anterior – para descobrir
a verdade sobre a Corte das Corujas.
Contudo, Snyder derrapa ao recorrer
ao famigerado recurso do retcon, inserindo
elementos no passado para explicar que a
família Wayne sempre esteve relacionada à
Corte. Fica a impressão de que Snyder quis
impactar comuma grande revelação, mas
o que conseguiu foi uma solução pobre.
Mesmo assim, o resultado é uma HQ com
mais altos do que baixos.
(Gustavo Vicola)
batman: anoitedascorujas
½
Panini // 212 páginas // R$ 29,90
aves de rapina