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57

F

ILM

M

AKER

Improvise,senecessário

–Nãote-

nhamedo de usar uma soluçãomais

“caseira”sóporqueémenos tecnoló-

gica.Sevairesolveroproblemaoucriar

um efeito interessante, por que não

aproveitar? O que realmente vale é a

históriaasercontada.Osequipamen-

tos são apenas umdos suportes para

conseguir levá-las ao cliente.

Umexemplo disso ocorreu justa-

mentenoprimeirovídeodecasamento

realizado pela NKG Studio. Segundo

Rose, o sócioMárcio Nakaguishi não

tinhanadaemmãosalémdeumaCa-

non EOS 7D com uma lente 50 mm

bembásica.“Erasomenteissoparafil-

mareelemontouorestantedopróprio

equipamento,fazendoummonopéa

partirdeumtripéeimprovisandoum

slider com trilhos de cortina”, conta.

Esse inícioquase artesanal foi su-

ficiente para a realização do vídeo e

foi a partir daí que a empresa come-

çou a comprar equipamentos para

melhorar as filmagens.

Menostecnologia,maistécnica

O mercado ainda tem espaço, mas

não é a câmera mais avançada nem

omelhor equipamentoque vai fazer

comque você se destaque. Segundo

Rose, a enxurrada de novos equipa-

mentos todos os anos gera efeitos

positivos enegativos nomercado: se

por um lado ampliam as possibili-

dades criativas, por outro, podem

gerar a falsa impressão de que são

indispensáveis ou, pior, que basta

adquirir um bom equipamento e a

filmagem está garantida.

“Oprofissional devídeobrasileiro

é muito apegado a equipamento.

Pensa que a partir do momento em

quecomprouamelhor câmera, slider

e steady vai ter um trabalho bom”,

adverte. Umexemplo recente éoca-

samentodacantoraThaeme, filmado

pela NKG Studio em fevereiro, com

gravações emCancún, noMéxico, e

noBrasil. “Muitasdas imagens foram

feitas comapenas umiPhone 6,mas

ninguémsabedizer adiferença”, ga-

rante ele. Dominar a técnica é mais

importanteque ter umequipamento

de última geração, defende ele.

Arte e cinematografia

–O traba-

lho com HDSLRs por si só permite

uma abordagemmais cinematográ-

fica, abrindo um leque imenso de

possibilidades criativas e estéticas,

desenvolvidas ao longode todaahis-

tória do cinema. “Odiferencial hoje

émais oolhar doprofissional, aparte

artística e a forma comoela conta ca-

da história”, diz Rose.

Para isso, ele sugerequeo inician-

te no segmento estude mais a área

de cinema para absorver as técnicas

de enquadramento, a narrativa e o

roteiro clássico do cinema, que de-

vemser a base para que ele crie seus

vídeos e aprenda cada vez mais. “O

divisor de águas daqui para a frente

será entre aqueles que realmente sa-

bemcontarumahistóriaenãoosque

têmomelhor equipamento”, afirma.

O FATOR EQUIPAMENTO

Imagens: Samuel Rose

Rose em ação no México: não é o

melhor equipamento que fará

com que você se destaque, e sim

o domínio da técnica, diz ele