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Improvise,senecessário
–Nãote-
nhamedo de usar uma soluçãomais
“caseira”sóporqueémenos tecnoló-
gica.Sevairesolveroproblemaoucriar
um efeito interessante, por que não
aproveitar? O que realmente vale é a
históriaasercontada.Osequipamen-
tos são apenas umdos suportes para
conseguir levá-las ao cliente.
Umexemplo disso ocorreu justa-
mentenoprimeirovídeodecasamento
realizado pela NKG Studio. Segundo
Rose, o sócioMárcio Nakaguishi não
tinhanadaemmãosalémdeumaCa-
non EOS 7D com uma lente 50 mm
bembásica.“Erasomenteissoparafil-
mareelemontouorestantedopróprio
equipamento,fazendoummonopéa
partirdeumtripéeimprovisandoum
slider com trilhos de cortina”, conta.
Esse inícioquase artesanal foi su-
ficiente para a realização do vídeo e
foi a partir daí que a empresa come-
çou a comprar equipamentos para
melhorar as filmagens.
Menostecnologia,maistécnica
–
O mercado ainda tem espaço, mas
não é a câmera mais avançada nem
omelhor equipamentoque vai fazer
comque você se destaque. Segundo
Rose, a enxurrada de novos equipa-
mentos todos os anos gera efeitos
positivos enegativos nomercado: se
por um lado ampliam as possibili-
dades criativas, por outro, podem
gerar a falsa impressão de que são
indispensáveis ou, pior, que basta
adquirir um bom equipamento e a
filmagem está garantida.
“Oprofissional devídeobrasileiro
é muito apegado a equipamento.
Pensa que a partir do momento em
quecomprouamelhor câmera, slider
e steady vai ter um trabalho bom”,
adverte. Umexemplo recente éoca-
samentodacantoraThaeme, filmado
pela NKG Studio em fevereiro, com
gravações emCancún, noMéxico, e
noBrasil. “Muitasdas imagens foram
feitas comapenas umiPhone 6,mas
ninguémsabedizer adiferença”, ga-
rante ele. Dominar a técnica é mais
importanteque ter umequipamento
de última geração, defende ele.
Arte e cinematografia
–O traba-
lho com HDSLRs por si só permite
uma abordagemmais cinematográ-
fica, abrindo um leque imenso de
possibilidades criativas e estéticas,
desenvolvidas ao longode todaahis-
tória do cinema. “Odiferencial hoje
émais oolhar doprofissional, aparte
artística e a forma comoela conta ca-
da história”, diz Rose.
Para isso, ele sugerequeo inician-
te no segmento estude mais a área
de cinema para absorver as técnicas
de enquadramento, a narrativa e o
roteiro clássico do cinema, que de-
vemser a base para que ele crie seus
vídeos e aprenda cada vez mais. “O
divisor de águas daqui para a frente
será entre aqueles que realmente sa-
bemcontarumahistóriaenãoosque
têmomelhor equipamento”, afirma.
O FATOR EQUIPAMENTO
Imagens: Samuel Rose
Rose em ação no México: não é o
melhor equipamento que fará
com que você se destaque, e sim
o domínio da técnica, diz ele