A proposta do
Periscope é
permitir
transmissões ao
vivo; 24 horas
depois, os vídeos
são deletados
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REVISTA W
CAPA
PERISCOPE
RAIO X DO APLICATIVO
A ideia do Periscope surgiu em 2013
quando Beykpour estava se preparando
para viajar a Istambul. Pouco antes de
terminar de arrumar as malas e partir
para a cidade turca, protestos violentos
borbulharam na Praça Taksim – lugar
próximo ao hotel em que ele se
hospedaria. Para saber se ainda era
seguro visitar o país, o empreendedor
acessou o Twitter e ligou a televisão. Não
encontrou nada. Apenas imagens
estranhas e histórias dramáticas eram
transmitidas; ninguém dizia qual era a
situação real. Então, ele pensou: “E se as
pessoas pudessem passar ao vivo o que
está de fato ocorrendo ali?”.
Um ano após o insight de Beykpour, o
aplicativo começou a ser desenvolvido.
Em fevereiro de 2015, o Twitter acabou
comprando a versão beta do programa.
Analistas especulam que a negociação
tenha ficado na casa dos US$ 100 milhões,
mas a empresa norte-americana prefere
não falar sobre o valor da compra. O único
dado oficial divulgado pela companhia
garante que o Periscope conquistou um
milhão de usuários em apenas dez dias
após seu lançamento. Beykpour continua
trabalhando no projeto como CEO.
Quanto a Bernstein, segue no time do
aplicativo, credenciado como cofundador.
O Periscope foi criado com o simples
princípio de transmitir conteúdo ao vivo
por celular ou tablet de forma pública
(para todo mundo) ou privada (apenas
para quem você escolher). Quem não tem