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REVISTA W
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PERISCOPE
CAPA
escondido no Periscope são as produtoras
de conteúdo – parece controverso, mas é
verdade. Uma das que é a favor do
aplicativo é o UOL
( www.uol.com.br ). A
empresa está fazendo testes com o
programa e já o usou em seu projeto TAB,
que são reportagens que usam conteúdo
multimídia embutido
( http://tab.uol.com.br ),
para transmitir a pesagem do UFC em
Las Vegas, nos Estados Unidos, e até
para exibir um ensaio de Gilberto Gil.
“Está sendo uma experiência
satisfatória, mas não acho ainda que
encontramos o formato ideal para
aplicar o app. O que é compreensível, já
que estamos falando de uma ferramenta
relativamente nova”, diz Rodrigo Flores,
diretor de conteúdo do UOL.
Outro ponto positivo do Periscope é a
possibilidade de controlar a mídia. Não há
necessidade de engolir o que estiverem
oferecendo, é possível escolher o que você
quer consumir. Sem contar que, no caso
do replay, é possível pausar ou continuar
o conteúdo quantas vezes quiser. Essa
característica é comum também em
outros streamings, como Netflix e
Spotify. “Hoje, esse tipo de serviço faz
sucesso porque oferece comodidade e
segurança a um preço mensal acessível.
Quem usa essas plataformas não tem
necessidade de tentar baixar um filme ou
uma música ilegalmente e acabar com um
depósito de vírus em seu computador”,
afirma Almeida.
No caso do Periscope, o fato de ser
gratuito atiça ainda mais a vontade de
usar a ferramenta. “O ser humano tem a
tendência de preferir consumir o
conteúdo mais acessível e prático
possível. É muito mais fácil ouvir uma
pessoa falar sobre determinado assunto
do que pagar quantias exorbitantes a um
serviço especializado. E o aplicativo
acerta em cheio nesse ponto”, diz
Heloísa. O problema com esse
streaming ao vivo é que, por ser
relativamente novo, ainda existem
alguns bugs e mudanças que precisam
ser feitas para futuramente alcançar
mais usuários.
FUTURO
Ainda existem alguns problemas que
o Twitter precisa consertar para
alavancar o sucesso do Periscope. Os
especialistas entrevistados pela
Revista
W
apontam alguns bugs. Por exemplo,
um usuário de iPhone consegue manter
sua própria transmissão salva no celular
após terminar o prazo de 24 horas, mas
os proprietários de Android ainda não
contam com essa opção. Já o pessoal que
tem Windows Phone permanece órfão
do aplicativo.
Kalinka lembra que os comentários
não seguem a rotação do vídeo (se você
filmar na horizontal, o chat
permanecerá como se estivesse na
vertical) e ressalta que, com a
proliferação de perfis na ferramenta, as
transmissões passaram a ter “delay”. Já
Heloísa diz que sente falta de poder
controlar o replay. Ela gostaria de
passar para a frente ou para trás o
ponteiro e conseguir consumir a ideia