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VIAJE
MAIS
isolamento térmico paramanter o
frescor interno. O melhor são as
quatrocadeiras sobre aboleia, onde
as pessoas ficamaoar livre epodem
ir admirando a paisagem. E que
paisagem. Poucas estradas noBrasil
são tão cênicas. Atravessamos uma
imensidão de cerrado preservado,
cortando veredas de palmeiras bu-
ritis e tendo a companhia de re-
voadas demaritacas, sempre vendo,
no horizonte, a silhueta dos cha-
padões, montanhas de platô acha-
tado que lembram o formato de
uma mesa.
Oconfortodo caminhão émui-
to bem-vindo, pois, alémdo trajeto
de ida e volta para Palmas, o veí-
culo é fundamental para as explo-
rações Jalapão afora. Dessemodo,
os aventureiros passam um bom
tempodentrodele, emmédia, qua-
tro horas por dia, já que é sempre
longa a distância entre o acampa-
mento – único meio de hospeda-
gemdentro da área protegida pelo
parque estadual – e as atrações que
merecem ser visitadas.
Já quem viaja com as agências
convencionais de Palmas pernoita
empousadas nas cidades nos arre-
dores da reserva, entre as quaisMa-
teiros e São Félix são as mais b
em
localizadas, e, de quebra, visita os
atrativos locais no deslocamento
entreuma cidade eoutra.Nesse ca-
so, a vantagem é que as distâncias
percorridas são menores.
Jalapão
BRASIL
No alto, o caminhão
4x4 que explora
as atrações do
Jalapão; acima,
noite ao redor
da fogueira no
lodge
DIAS LONGOS. E CHEIOS DE BELEZA
Um dia típico no
lodge
começa
bemcedo: os guias passamnas ten-
dasparadespertaroshóspedes entre
5h e 7h. Acordar comas galinhas é
a únicamaneira de fazer o dia ren-
der, garantindoaosvisitantesachan-
ce de aproveitar as exuberantes e
múltiplas paisagens da região sem
correria. Éo caso dasDunas do Ja-
lapão, um improvável conjunto de
dunas que existe empleno cerrado
tocantinense. As montanhas dou-
radas, com cerca de 20 metros de
altura, são formadas pela areia ero-
dida das encostas da Serra doEspí-
rito Santo e, do alto delas, tem-se a
mais bela vista do Jalapão. Eo pas-
seio para lá é feito sempre no fim