91
VIAJE
MAIS
As tendas são espaçosas
e têm duas camas
de solteiro, varandinha
com cadeiras, janelas
abertas por meio de zíper
e banheiro privativo
da tarde, para ver o pôr do sol.
Jánoquesitocuriosidade a atra-
ção número 1 é o Fervedouro do
Ceiça, nascente de águas transpa-
rentes cercadadebananeiras.Opo-
ço parece estar emcontínua ebuli-
ção, por contado fluxode águaque
brota do subsolo, daí o nome fer-
vedouro – e tal torrente é tão forte
que impede o corpo de afundar. O
único problema é que a nascente é
pequena, epor isso, pela regra local,
só podem entrar seis pessoas por
vez na água, as quais têm de se re-
vezar comos outros grupos a cada
20minutos. É claro que eu emeus
companheiros de viagemgostaría-
mos de ter passadomais tempo ali.
Ficou umgostinho de queromais.
E issoporquenemeramês de férias
escolares nemferiadão, quando se
formamfilasnoFervedourodoCei-
ça e a espera pode levar horas. Por
isso, a baixa temporada é amelhor
época para curtir essa atração que
é uma dasmais famosas doparque.
Dequalquer forma, todosmataram
odesejode nadar à vontade no fer-
vedouro seguinte, o do Soninho,
bemmaior eque acomodava todos
ao mesmo tempo.
Como o Jalapão é uma espécie
de reino das águas, também não
faltamcachoeiras para a turma con-
tinuar se refrescando do calorão
do cerrado. NadoFormiga, a água
supercristalina lembraos riosdeBo-
nito(MS).Masacachoeiramais im-
pressionante é a da Velha, a maior
das redondezas, com20metros de
largura, onde as águas doRioNovo
desabamnuma queda emforma de
ferradura. Lá, oaguaceiroé tão for-
te que obanho é perigoso. Para na-
dar éprecisodescer o rioumpouco
mais, até a Prainha do Rio Novo,
onde as águas ficamrepresadas por
uma faixa de areia que deixa o rio
calmo feito uma lagoa.
Com tantas cachoeiras e nas-
centes no roteiro, o traje oficial du-
rante quase toda a viagem é roupa
de banho e chinelo. Apenas no ter-
ceiro dia calcei tênis para subir em
um mirante no alto do chapadão
da SerradoEspíritoSanto, quedes-
cortina umcompletopanorama da