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Natureza
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A árvore do louro é fácil de cultivar, faz bonito no paisagismo
e ainda produz folhas que podem ser usadas na culinária
Texto
ana vazzola |
Fotos
Valerio Romahn
Nobre
tempero
S
ucesso na culinária, o louro (
Laurus nobilis
)
é uma espécie associada à nobreza e às
vitórias desde a Antiguidade. Tanto que
os gregos e romanos costumavam usar
coroas feitas de seus ramos para homenagear reis,
conquistadores, príncipes e até os atletas que se
detacavam nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, no
século 8 a.C. A relação da planta com as conquistas
é tão grande que aparece até mesmo em seu nome
científico: em latim,
Laurus
quer dizer sucesso e
nobilis
, nobre.
Originária da região Mediterrânea, a espécie se
espalhou pela Europa e chegou ao Brasil trazida
pelos colonizadores portugueses. Ela se adaptou bem
ao clima subtropical do Sul e do Sudeste do país,
mas é pouco explorada nos jardins. “As pessoas
desconhecem sua capacidade ornamental e acabam
esquecendo de incluí-la nos projetos”, explica o
produtor Edilson Giacon.
Quando adulto, o loureiro pode medir até
12 m de altura e tem aparência bastante rústica:
tronco de casca lisa e fina na cor marrom-esverdeada
e folhas verde-escuras, brilhantes na parte superior
e pálidas no face inferior, cujo tamanho varia
entre 6 cm e 12 cm.
As flores amarelo-claras, de 1 cm de diâmetro,
despontam aos pares ao lado de cada folha, entre os
meses de outubro e janeiro. Já os frutos raramente
são vistos. Isso porque a espécie é dioica – conta com
exemplares masculinos e femininos – e, para que haja
Embora seja uma
árvore de até
12 m de altura, o
loureiro também
pode ser conduzido
como arbusto
Shutterstock
Ambientação: Chelsea Flower Show
Projeto:Anita Lewandowski (jardinista)