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pomar

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Natureza

S

eja pelo nome, pelo sabor ou pela aparência,

é impossível passar batido por uma physalis

(lê-se “fisális”). Parentes da berinjela, da

batata e do tomate, as quase 100 espécies do

gênero têm um ponto em comum: as sépalas que

surgem do cálice e cobrem completamente os frutos

durante a formação, protegendo-os de insetos. Elas

vão mudando de cor com o passar dos dias e, quando

ficam amareladas, e com aspecto ressecado, é sinal

de que o fruto está maduro. São tão ornamentais que

nas variedades comestíveis – nem todas physalis

costumam ser consumidas e algumas são até tóxicas –

acabam sendo usadas na decoração de sobremesas.

É o caso da

Physalis peruviana

. De origem andina,

como o próprio nome indica, os frutos da espécie

são alaranjados, de sabor doce e levemente ácido

e utilizados no preparo de doces ou saladas. Já a

Physalis pubescens

, que é originária das Américas

do Norte, Central e do Sul, e a

Physalis angulata

,

nativa da região amazônica, produzem frutos verdes

e não são cultivadas para consumo. Segundo Leo

Rufato, professor especializado em fruticultura da

Universidade Estadual de Santa Catarina, a

primeira é considerada uma planta daninha,

enquanto a variedade amazônica produz frutos

excessivamente ácidos.

A

Physalis alkekengi

, por sua vez, é indicada

apenas para ornamentar o jardim. Seus frutos são os

mais bonitos dentre todas as espécies de physalis,

porém impróprios para consumo (veja mais no quadro

Bonita de se ver

).

Fruto

encapsulado

Queridinha dos confeiteiros e da dieta, a physalis

também faz bonito no pomar com colheitas o ano inteiro

Bonita de se ver

S

em atrativos culinários, a

Physalis

alkekeng

i, que é popularmente conhecida

como lanterna-chinesa e cereja-de-inverno,

é um deleite para os olhos. Considerada a

espécie mais ornamental do gênero

Physalis

,

ela costuma chamar atenção pelas cápsulas

alaranjadas que protegem seus frutos

avermelhados.

Nativa do leste da Ásia, a herbácea

arbustiva mede até 60 cm de altura, é mais

ramificada que as demais physalis e produz

flores brancas e estreladas. No paisagismo,

pode compor maciços e renques.

Outro ponto que pesa a seu favor é o fato

de ser menos suscetível a pragas que as

demais plantas do gênero.

Apesar de serem comestíveis, os frutos

da lanterna-chinesa podem causar dores

abdominais. Isso, aliado ao fato de o cálice

que os sustenta ser considerado tóxico,

torna seu consumo desaconselhado.

Texto

Laura Neaime

Fotos:Shutterstock