Fotografe Melhor n
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VIDA DE FOTÓGRAFO
deoclipes–produzindo,porexemplo,
algunsclipesdoatorAlexandreNero.
“Para mim, não tem diferença se
estou fazendo uma produção para
fotografia ou para teatro. Tudo re-
sulta em uma imagem”, explica.
Diferente das produções de es-
túdio,ondeeladirigeomodelousan-
do todos os artifícios possíveis (fa-
zendo a pose para ser copiada, co-
locando a pessoa na posição dese-
jada, pois, segundo ela, vale tudo),
quando vai fotografar uma peça,
Priscila nunca pede para um ator
posar.Procuraaproveitarosúltimos
ensaios, quando geralmente figu-
rinos e iluminação estão definidos.
Vai calçada com um par de tênis e
uma roupa confortável para correr
por todo teatro em busca dos me-
lhores registrosdapeça. Antes, po-
rém, se preparou lendo o roteiro e
assistindo a alguns ensaios.
“Nãogostodefotosposadaspara
teatro. Anãoserquesejauma ima-
gemparaocartaz.Nessecaso,trago
osatoresparaoestúdio.Mas, quan-
dose tratade fotodecena, tenhode
registrar acenadentrodaevolução
edo tempodapeça. Omeudiferen-
cial émeuenvolvimentoe conheci-
mento de teatro”, diz. Embora não
tenhaestudadodramaturgia,Priscila
vaiaoteatrodesdecriança.Suamãe,
Arminda, sempre a levou e aos ou-
tros quatro irmãos para assistirem
de peças infantis a adultas, e isso
influenciou profundamente o tra-
balho da fotógrafa. Mais do que até
recentementeelapoderia imaginar.
ÀPROCURADAESSÊNCIA
“Umanovelamexicana”,resume
Priscila sobre a produção do livro
Impressões
. Foram dois anos até
que ficasse pronto. Depois de inú-
meras cotações em gráficas para
saber o que poderia fazer, chegou
o momento de pesquisar onde es-
tavapartedesuaprodução fotográ-
fica. Muitas imagens tinham sido
Fotos: Priscila Prade