Fotografe Melhor n
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VIDA DE FOTÓGRAFO
eàs18hvoltariaparacasa.Masnãoeram
raras as vezes que ela perdia a hora, e
o pai, o jurista e poeta Péricles Prade, ia
até o estúdio buscá-la. Foramdois anos
demuito aprendizado e que abriu portas
para a jovemtrabalhar no Estúdio Abril,
da própria Editora Abril, onde foi assis-
tente de diferentes fotógrafos. “Foi um
lugar emque aprendi muito e acabei fa-
zendo contato com o mundo editorial”,
conta. De lá, seguiupara o estúdioZoom.
E, quando completou 18 anos, foi passar
umanoemParis, França, fazendocursos
livres de fotografia.
De volta aoBrasil, aos 19 anos,mon-
tou o próprio estúdio ao alugar uma sala
na Rua Cardeal Arcoverde, no bairro de
Pinheiros, zonaoestedeSãoPaulo.Nessa
época, Priscila fazia muitas revelações
de filmes para jornais e revistas – o que
rendia mais dinheiro para a fotógrafa.
Verba que ela levantou para poder com-
prar os equipamentos. Com o estúdio
completo, paralelo às revelações, come-
çou a fazer books, fotos de crianças e al-
guns trabalhoseditoriaisparaas revistas
Contigo!
e
Carícia
. Priscila se lembra até
hoje do dia emque foi chamada para fo-
tografar a apresentadora Angélica, que,
assim como ela, estava em começo da
carreira. “Fiquei nervosa”, recorda.
ESTÚDIO, ESTÚDIOMEU
E, mesmo jovem e no início de car-
reira, Priscila tinha umametamuito cla-
ra: ter o próprio espaço e não depender
de aluguel. E para alcançar esse sonho
economizava tudo que podia. “Às vezes,
os amigosme convidavampara viajar e
eunão ia justificandoqueprecisavaguar-
Os atores, acima,
Cauã Raymond,
ao lado, Alexandre
Nero e, na pág. ao
lado, Marisa Orth
Fotos: Priscila Prade