Fotografe Melhor n
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dutores, diletantes, profissionais e
a própria indústria fotográfica. Os
concursos da Imagem e Ação ti-
nhamparticipação de laboratórios
fotográficos líderesdo comérciona
época. Dessa relação, Feijóacabou
aprendendo fotografia com Flávio
Bittelman, diretor da Fotoptica e
genro de Thomas Farkas (1924-
2011), o dono. Ampliavam as ima-
gens no laboratório que ficava no
sótão da casa dele. “Fazíamos am-
pliações do tipo
BlowUp
, estoura-
das e abstratas”, conta, referindo-
se ao filme homônimo de Miche-
langelo Antonioni (1912-2007).
A Semana de Fotografia Ima-
geme Ação também foi ummarco
precursor dos atuais encontros fo-
tográficos. “Alugamos a casa ao
lado da escola, pintamos de preto
e escrevemos o nome como se fos-
senegativo. Tínhamos vários even-
tos, de preservação de imagem
com João Sócrates (especialista
que hoje vive na Inglaterra) até coi-
sas inusitadas, como fotografia de
nu masculino só para mulheres”,
conta Claudio Feijó.
TRABALHOPESSOAL
Após se estabelecer como pro-
fessor formador de grandes pro-
fissionais, Feijó teveaoportunidade
de se dedicarmais à fotografia co-
mo autor quando assumiu, em
1988, umcursoparaos funcionários
e representantes da Polaroid no
Brasil – o que de certa maneira o
aproximouaindamaisde fotógrafos
mais autorais, pois se tornou um
elo entre a difusão da marca e os
usuários, algoqueseprolongoupor
mais de uma década.
Ao tomar comopartedadifusão
da Polaroid as possibilidades dos
diferentes formatos, Feijócomeçou
a desenvolver um trabalho muito
pessoal queconsistianamanipula-
ção de propostas imagéticas das
quais a mídia era capaz. "Naquela
época, a Polaroid só era conhecida
pelos filmes
pull of
(revelação ins-
tantânea das câmeras). Introduzi-
mosentãoos tipos
peel-apart
,mais
profissionais, que para revelar era
necessárioqueofotógrafoosabrisse
para detonar o processo”, informa.
Os trabalhos do fotógrafo Feijó
nessadécada iamdemanipulações
a quente com o filme da SX 70 en-
quanto era revelado até a transfe-
rênciadaspelículasegelatinasdos
filmes
peel-apart
com banho de
água para papéis de algodão nor-
malmenteutilizadosparagravuras.
Tambémpassoua incorporarfilmes
dedicadosmais ao comércio, como
os para documentos, em uma lin-
guagemmais artística. Mas, como
bomprofessor, compartilhou todas
essas experiências dando works-
hopsgratuitospara fotógrafoscomo
o nonono nononono nonono
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Ao lado, interferências
de Feijó em imagens
feitas com Polaroid
Fotos: Claudio Feijó