Fotografe Melhor n
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CULTURA
Claudia Jaguaribe, Claudio Elisa-
betsky, Cássio Vasconcellos, Cris-
tina Guerra, entre outros.
Paraaproveitarseuladomaisfi-
losóficoeesotérico, comoficouco-
nhecido, Feijó conta que, curiosa-
mente,nodiaquefoi dispensadopor
telefone de suas funções pela Po-
laroid,foicontratadopelaRedeGlobo
para uma série de workshops no
ProjacdoRiodeJaneiro (RJ). E isso
viriaaseroprecursordo
best-seller
“Descondicionamento do Olhar” –
segundo ele, uma versãodo antigo
“Vivenciandoas Imagens”, de1978,
queocorriaemumsítioemCaucaia
doAlto, Cotia, regiãometropolitana
de São Paulo.
Osworkshops erambemexpe-
rimentais e traziamtambémgente
de fora, comoMiguel Chikaoka, fo-
tógrafo paulista estabelecido no
Pará, eo italianoRinoMarconi, que,
assimcomoFeijó, temduas forma-
ções: fotógrafoe terapeuta. Os cur-
sos juntavamas técnicas vivenciais
que ele desenvolvia desde os tem-
pos de pedagogo, voltadas para o
desenvolvimentoartísticoeexpres-
sivo. Esecompõemde trêsgrandes
universos: oaspectoobjetivo (a téc-
nica), o aspecto subjetivo (a visão
pessoal) ea interaçãoentreos dois
(ora a técnica possibilitando o de-
senvolvimento da linguagem, ora
a linguagembuscando e transfor-
mando o uso da técnica).
ClaudioFeijópreferenãosede-
nominar “fotógrafo”, esimum“ser
pensantedafotografia”.Aos69anos,
permanece como um guru, tanto
daquelesque foramseusalunoshá
40 anos quanto dos jovens, que fa-
zem fila para ouvi-lo e reverenciá-
lo. Atualmente cuidando de um
agressivocâncernopâncreas, des-
coberto em 2014, ainda mantém a
serenidade típica daquelas raras
pessoascujoobjetivonavidaécom-
partilhar conhecimento.
O nu artístico é uma das
vertentes do trabalho
pessoal de Feijó, como se
vê nas imagens ao lado
Fotos: Claudio Feijó