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VIAJEMAIS

LUXO

AUSTRÁLIA

na esquina da Macquarie com a Praça Shakespeare,

ou, para os mais aventureiros, sentir as fortes emo-

ções nos passeios de barco rápido. Em nenhum caso,

porém, a visita a Sydney deve excluir um passeio

pelo magnífico jardim botânico real da cidade, que

festeja 200 anos agora em 2016.

Faltava ainda, entretanto, uma perna da

viagem. Era preciso pegar um avião para ir até as

Ilhas Hamilton. São cerca de 1.500 km de Sydney

até lá. Na hora de aterrissar, não sei se foi para ser

simpático ou se faz parte da rotina de voo, mas o

piloto não economizou voltas sobre o arquipélago

de Whitsundays, no estado de Queensland, para

que a gente pudesse ter uma boa ideia das delícias

que nos aguardavam. Porta de entrada da Grande

Barreira de Corais, as Ilhas Hamilton, além de bons

hotéis e de um surpreendente campo de golfe, têm

um pequeno porto onde atracam os iates e veleiros

de quem vai explorar a região.

Eu ia prosseguir a viagem no iate do One&Only

Resorts. Recebi a taça de champanhe quando entrei.

Brindei em silêncio ao dia ensolarado, ao mar de

águas claras, ao momento mais que especial e a outra

dimensão que a partir daquele momento eu iria viver.

A ILHA

São fortes e cálidos os ventos que lambem aque-

las ilhas do Pacífico. Tão gentis e, ao mesmo tempo,

tão firmes que parecem carregar para bem longe as

chatices do cotidiano, os pequenos aborrecimentos, e

substituí-los pela mais linda vegetação que muito sol

Tive vontade de perguntar ao casal em qual dos

muitos excelentes programas noturnos de Sydney

eles pretendiam se divertir. Talvez tomar um drin-

que no Orbit Bar para ver a cidade de cima, jantar

no italiano Pendolino, apreciar a vista no Quay do

estrelado

chef

Peter Gilmore, ou ir a uma festa no The

Royal Sydney Golf Club. Mas o sorriso confiante que

se via nos lábios do casal em sua noite de gala não

admitia interrupções nem perguntas.

Eu tinha acabado de chegar à Austrália, quando

encontrei esse casal. Tinha ido pelo voo mais curto

para lá, o da Qantas, com escala em Santiago, no Chi-

le, e duração total de 19 horas desde São Paulo até

aterrissar em Sydney. Nada demais se você estiver na

muito agradável executiva ou na confortável primei-

ra classe. Assim, pude notar que a elegância, além

do casal, também estava na juventude da garota de

cabelos vermelhos, bem maquiada, roupa de couro,

que depositava minha pesada mala atrás da recepção

do hotel, sem jamais desmanchar o sorriso.

Dar uma parada em Sydney é estratégico para

superar as 13 horas de diferença de fuso horário da

Austrália para o Brasil. É também útil para acomo-

dar seus ouvidos ao sotaque “selvagem” do inglês

falado no país, arriscaria dizer, totalmente europeu

que fica no Hemisfério Sul. Um inevitável passeio

pela Opera House (achei incrível que as conchas de

arquitetura doidona fossem todas recobertas por

azulejos, não por metal ou outro material diferente,

como imaginava), uma visita à State Library of New

South Wales, a mais antiga biblioteca da Austrália,

1 SHUTTERSTOCK.COM / 2 DIVULGAÇÃO

O

ENORME DIAMANTE RELUZIU NA PONTA DO

PINGENTE NA ORELHA DA MULHER. COMBI-

NOU COM O DELICADO BRILHO DO VESTIDO

LONGO QUE ELA SEGUROU DE LEVE PARA

DESCER O PEQUENO LANCE DE ESCADAS ATÉ

A RECEPÇÃO DO QT HOTELS, COM SUA PRE-

MIADA DECORAÇÃO RETRÔ. OS PASSOS ELE-

GANTES QUE O VESTIDO DE GRIFE ESCONDIA SEGUIAMNOMES-

MO RITMO DO HOMEM DE CABELOS GRISALHOS, SORRISO

SILENCIOSO E GRAVATA-BORBOLETA PERFEITAMENTE AMAR-

RADA, EM CUJO BRAÇO ELA SEGURAVA ENQUANTO CAMINHA-

VAM PARA O ELEVADOR.