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VIAJEMAIS
LUXO
IBIZA
e boas chuvas podem produzir. Do deque, deixava
o vento levar os problemas enquanto via o iate se
aproximar da ilha de Hayman. Era ali que iria passar
os próximos dias, em um dos melhores locais onde
a beleza natural podia unir-se aos confortos de um
resort cinco estrelas, ou mais.
Um delicioso problema é saber onde se
hospedar no One&Only Hayman. Fiquei numa
acomodação enorme com duas salas e quarto su-
perconfortável. Nos banheiros, tudo surge em du-
plicata, desde as pias até os
closets
para o conforto
do casal. Assim, ambos podem se trocar ao mesmo
tempo, com comodidade e sem espera. O melhor,
porém, estava nas varandas (sim, no plural, porque
havia duas, uma na sala e outra no quarto) que
davam para a piscina gigantesca que ia até o bar.
Dei um mergulho diretamente do meu quarto, só
para experimentar a temperatura amena da água.
Essa é apenas uma opção. Para famílias, exis-
tem as
villas
, que são praticamente casas completas
no meio do resort, incluindo áreas para babás ou
outros auxiliares da família. Se definitivamente
dinheiro não for problema, é até possível ficar no
absolutamente esplêndido “apartamento do dono”,
obviamente quando ele não estiver lá, que oferece
A ilha de Hayman
abriga o hotel
One&Only,
onde o hóspede
encontra
acomodações
completas e
villas
com varanda,
de onde se pode
observar, com o
máximo conforto,
a imensidão
azul da Grande
Barreira de Corais
vista completa para todo o resort e, evidentemente,
um belíssimo pôr do sol, atrás de outra ilha.
Todos esses confortos, convenhamos, muitos
resorts têm. O que só tem ali é a Grande Barreira de
Corais, o maior organismo vivo do planeta, patrimô-
nio da humanidade, entre várias outras distinções.
Há, contudo, um pequeno obstáculo. Os corais ficam
debaixo d’água. Para mergulhadores não há nada
melhor em todo o planeta. Como eu, apesar de ter
mais de 55 anos, não tinha experiência em mergulho,
devo confessar que estava um tanto receoso.
INSPIRE, EXPIRE, APAIXONE-SE
O setor náutico do resort é o que se pode
chamar de algo completo. Tem barcos, tem rou-
pas, tem
jet skis
, tem cilindros, tem até máscaras
de mergulho com os mais diferentes graus para
quem usa óculos, como eu. Coloquei minha roupa,
peguei o
snorkel
, entrei o barco e fui ver de perto a
tal barreira de corais. A embarcação parou, o guia
deu algumas instruções. Como eu estava com um
pouco de medo, fui o primeiro a mergulhar. Assim,
acreditei, a sensação ia passar logo.
Silêncio. Embaixo d’água só ouvia o ar da minha
respiração ainda nervosa dos primeiros momentos.