Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  30 / 84 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 30 / 84 Next Page
Page Background

30

VIAJEMAIS

LUXO

NORUEGA

O legado aristocrata, entretanto, não empresta

ares tradicionalistas à capital. Oslo tem

vibe

moderna

e nuances de simplicidade, com uma gente educada e

bonita que busca vida a céu aberto mesmo nos meses

mais frios do ano. O farto leque de opções de lazer

ajuda com flertes à cultura, como ocorre nos arre-

dores da futurista Opera House, onde são realizados

diversos festivais; às compras, graças a lugares como

a Egertorget Square, onde se concentram as grifes

de luxo; ao esporte, por conta da enorme rampa de

esqui Holmenkollen, de onde se tem uma linda vista

da cidade; e à boemia, com a linda região de Aker

Brygge, um antigo porto revitalizado com restau-

rantes e lojas transadas, no mesmo clima de Puerto

Madero, em Buenos Aires (Argentina).

A atração mais interessante da capital norue-

guesa, entretanto, é o Vigeland Park. O local abriga

fontes e 212 esculturas em bronze e granito criadas

pelo artista Gustav Vigeland para simbolizar todas

as fases da vida. Românticas e dramáticas, singelas

e agressivas, inocentes e lascivas, as obras se descor-

tinam em um cenário com “dupla personalidade”.

No verão, o clima é de festa, já que os noruegueses

se encontram por lá para fazer piqueniques e jogar

conversa fora. No inverno, a atmosfera é bucólica,

ressaltada pelo contraste das esculturas com o tapete

branco que toma conta do espaço.

É fato, porém, que a neve que cai ali nos meses

mais frios parece apenas uma pitada de açúcar

diante do que se encontra no norte do país, onde

Oslo, a capital, é a porta de entrada para quem

deseja conhecer esse reino repleto de histórias de

vikings

e

trolls

– seres do folclore norueguês, quase

sempre enormes e pouco inteligentes, que curio-

samente se transformaram em sinônimo de quem

provoca outras pessoas com mensagens controversas

na internet. Espremida no fiorde que a batiza, em

uma região cercada de florestas, lagos e ilhas à beira

de uma baía, a cidade é o berço cultural do país. Ali

ficam museus como o The National Gallery, onde

está exposta uma das quatro versões do famoso qua-

dro

O Grito

, de Edvard Munch, o Viking Ships, com

barcos históricos e uma série de artefatos que contam

a trajetória do povo soberano dos mares do norte, e o

Norsk Folkemuseum, o museu folclórico, cuja estrela

é uma típica igreja de madeira similar àquela com a

qual a rainha Elsa é coroada na animação

Frozen

, da

Disney, inspirada naquelas paragens.

A relação com a nobreza, por sinal, é algo ine-

rente à Noruega. Hoje, é o casal real Haroldo V e

Sônia Haraldsen que tem a honra de acompanhar,

de seu palácio no centro de Oslo, o alto índice de

desenvolvimento do reino, que já foi o patinho feio

da Escandinávia, antes de o petróleo jorrar por lá e

transformá-lo em um dos países mais ricos do mundo.

De tão exemplar, a capital da Noruega é sede da en-

trega do Prêmio Nobel da Paz, idealizado pelo sueco

Alfred Bernhard Nobel. Cheia de pompa, a cerimônia

é realizada anualmente na prefeitura, cujo salão com

afrescos fica aberto à visitação o ano inteiro.

E

SPECIALIZADO EM CONSTRUIR PLANETAS,

SLARTIBARTFAST SE GABA DO PRÊMIO DE

ARQUITETURA QUE RECEBEU POR DESE-

NHAR OS FIORDES DA NORUEGA NA TERRA.

O PERSONAGEM DO LIVRO

O GUIA DO MO-

CHILEIRO DAS GALÁXIAS

, DO ESCRITOR BRI-

TÂNICO DOUGLAS ADAMS, TEM MESMO

MUITO DE QUE SE ORGULHAR. POUCOS LUGARES NO MUN-

DO SÃO TÃO EXUBERANTES QUANTO O PAÍS ESCANDINA-

VO, QUE ENCANTA DESDE O MAR QUE O BANHA, ONDE

VIVE O BACALHAU MAIS SABOROSO DO PLANETA, ATÉ O

CÉU QUE O ENCOBRE, EM DETERMINADA ÉPOCA DO ANO,

COM A DÁDIVA DA AURORA BOREAL.