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REVISTA W
ESPECIAL
PUBLICIDADE
Também é preciso ficar atento ao
número de imagens inseridas. Por mais
que ainda haja algum espaço mínimo
para um banner minúsculo, ter um
número excessivo de anúncios pode
prejudicar a página. “Qualquer site tem
limites de publicidade, mas são
variáveis”, conta Edson Alves, professor
do curso de pós-graduação em
marketing digital do Centro
Universitário Newton Paiva (MG). Se os
banners não seguirem um padrão
correto de pixels, o site pode
apresentar lentidão.
CONTEÚDO
Antes de colocar anúncios na página,
é preciso saber que tipo de publicidade
será exibida. Umprojeto eletrônico com
conteúdo religioso dificilmente, por
mais apostador que o anunciante seja,
vai ser visto com bons olhos se contiver
propagandas de serviços de encontro ou
descontos emmotéis, por exemplo. As
imagens, por mais que não sejam de
autoria do administrador da página,
podemmanchar a imagem do site para
internautas mais antiquados.
“Exibir esse tipo de propaganda
pode ser prejudicial. O responsável
pela página pode se sentir tentado
com a proposta, mas é preciso lembrar
que isso pode comprometer o futuro
João Folharini, diretor de
planejamento da MIXA: “Canto
esquerdo superior da tela é
área nobre para anúncios”
da página”, afirma Folharini. Ele
lembra que, quando a publicidade é
inserida, automaticamente torna-se
parte do conteúdo do site e, por isso,
deve estar alinhada com a mídia em
que está exposta.
Para que isso aconteça, é preciso
estabelecer regras e normas e ter
critérios de escolha. “Se a página trata
de assuntos ligados a economia,
anúncios ligados a comercialização de
imóveis vão combinar com a página”,
exemplifica Dantaz. A mesma
sintonia não seria obtida caso uma
empresa de canoagem esportiva
quisesse anunciar no espaço.
Também é preciso ser seletivo na
escolha para não acontecer de gerar
conflitos de empresas na mesma
página. Se seu site já é “patrocinado”
pela NET, talvez seja melhor recusar
propostas da SKY, que tambémpresta
serviços de TV por assinatura. Mais do
que uma regra, a questão é ética e exige
bom senso, mas nada impede o site de
conter as duas marcas, desde que os
anunciantes estejam informados da
presença de seus concorrentes.
Outro erro comum é esquecer de
otimizar não apenas as propagandas
que serão veiculas na página para
celulares e tablets. A visualização em
dispositivos móveis não deve ser
descartada. Conforme estudo da Criteo,
empresa que analisa o crescimento do
e-commerce no mundo, em 2015 as
compras realizadas por smartphones e
tablets devem chegar a 22% do total do
comércio eletrônico nacional.
E se ainda assim o administrador
não tiver confiança no próprio taco e
achar que a tarefa de gerenciar o âmbito
comercial do site não está dentro de
suas maiores aptidões, não há razão
para não pedir ajuda. “Geralmente
inserir propagandas é umprocesso
simples, mas recomendo a procura por
empresas especializas emprojetar a
monetização do veículo”, indica Rocha.
A tarefa envolve questões de
inteligência de mercado, tecnologia e
marketing digital. Nesses casos, é
melhor focar no conteúdo e terceirizar o
restante das ações.