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e o irmão Ricardo escreveram o ro-
teiro tendo como fio condutor um
narrador central –ohistoriadorMilve
Peria, profundo conhecedor da his-
tória de Taquaritinga e do trabalho
de Maguetas, que topou participar
do filme. Para ilustrar os aconteci-
mentos narrados por Peria, atores
amadores deramvida ao pintor e às
personagens que fazemparteda tra-
jetória do artista.
Para fazerareconstituiçãodasdé-
cadas de 1940 e 1950, Juliano contou
Depoisdeescolhidoo tema, o im-
passe era qual formato o documen-
tário teria. E, para isso, aequipe, com-
posta por praticamente todos os
membros da família de Juliano, teve
muitas reuniões. “Não queríamos
que fosse umdocumentáriomonó-
tono e cheio de entrevistas. Assim,
optamos por um modelo parecido
com uma cinebiografia”, informa.
Com base em um livro lançado
sobre o artista em2009 e escritopela
filha dele, Gisele Maguetas, Juliano
Fotos: Divulgação
comacolaboraçãodamulher,Diana
Sartori, queselecionouo
casting
– for-
mado por amigos e conhecidos – e
ajudou na caracterização das perso-
nagens, escolhendofigurinosembre-
chós, e elementos de cena, comoum
carroantigoemprestadoporumami-
go. As pessoas que toparamatuar no
filme,noentanto, impuseramapenas
umacondição: quenão fossepreciso
decorar as falas. O que foi resolvido
com a solução do narrador.
PÓS-PRODUÇÃO
A produção de locação também
ficoua cargodeDiana, quebatiaper-
na pela cidade procurando por ce-
nários ideais.Noentanto, acasaonde
opintor passouboaparteda infância
– local importanteparaoandamento
das gravações – já havia sido demo-
lida. Asoluçãoencontrada foi recons-
truir a residência por meio de com-
putação gráfica, combase eminfor-
mações colhidas na internet e emre-
latos do próprio Maguetas.
A experiência na pequena pro-
Ao lado, cenas gravadas com telas em
branco; acima, finalizadas na pós-produção
com as imagens das pinturas da exposição
Documentário