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Vegetarianos
armonia
viva em
Por
Marina Criscuolo e Ana Prado
Foto:
Fotolia
Alguns dias após ser aprovada, lei que proíbe a venda de foie gras na cidade
de São Paulo foi suspensa pelo Tribunal de Justiça, mas ainda cabe recurso
A polêmica do patê de foie gras
A
pós uma lei decretada
pelo prefeito de
São Paulo, Fernando
Haddad, no final de
junho de 2015, a produção e
a comercialização de foie gras
(patê de fígado de ganso)
passou a ser proibida na
capital paulista.
Infelizmente, a vitória,
comemorada por ativistas
e defensores dos animais,
durou pouco. Alguns dias
após a aprovação da lei,
a Associação Nacional dos
Restaurantes (ANR) entrou
produzido é tão cruel que a
venda desse produto já foi
proibida em mais de 20 países,
como Argentina, Índia, Suíça,
Israel e muitos europeus,
como Áustria, Dinamarca,
Suécia e Finlândia. O método
de produção, conhecido como
gavage, consiste em submeter
os gansos a uma alimentação
forçada, por meio de um cano
colocado em sua garganta.
Dessa maneira, o fígado do
animal cresce até 10 ou 12
vezes mais do que o normal
para então ser retirado.
com pedido de liminar,
alegando que a nova regra é
inconstitucional, uma vez
que só os Estados e a União
podem legislar sobre isso.
O Tribunal de Justiça de
São Paulo (TJ-SP) aceitou
a liminar e suspendeu
temporariamente a nova lei.
Por enquanto, restaurantes
e outros estabelecimentos
continuam comercializando
o produto, típico da culinária
francesa, mas ainda cabe
recurso para reverter essa
última sentença.
Além da proibição do foie
gras, a lei nº 16.222/2015
previa uma multa de R$ 5 mil
para quem descumprisse a
norma e ainda vetava a
venda de artigos (ainda que
importados) confeccionados
com pele de animais criados
exclusivamente para a
extração do couro, como
chinchilas e visons – o veto,
porém, isentava os produtos
fabricados com couro de
bois e vacas.
A verdade é que a
maneira como o foie gras é
GASTRONIMIA ANTIÉTICA
O cruel foie gras, patê obtido a
partir do fígado de ganso, já foi
banido em mais de 20 países