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RevistaMundo
Acimados
estigmas
A
maior parte de quem
conhece o nome Jeff
Smith o liga a
Bone
,
série que se estendeu
por 55 edições, volumes
encadernados e inúmeros spin-offs
destacando os personagens do universo
de Boneville, onde se passa a história.
Não é à toa. Publicada entre 1991 e 2004,
Bone
chamou a atenção até da revista
Time
, que a considerou “tão envolvente
quanto
O Senhor dos Anéis
, porém
bemmais engraçada”.
Vencedora de
dez prêmios Eisner e 11 Harvey, a série de
Smith chegou a ser publicada pela Image
Comics, mas foi concluída pela Cartoon
Books, selo independente do próprio
Smith. No Brasil,
Bone
teve 14 livros
lançados pela Via Lettera (1998-2010) e
atualmente é editado em cores pela HQM.
Mas Jeff Smith tem talento de sobra
para outras empreitadas. Amais notória
que chegou ao Brasil foi a minissérie
Shazam! e a Sociedade dos Monstros
, lançada
em 2014 pela Panini. Essa nova versão para
o Capitão Marvel, criada originalmente
em 2003, não teve continuidade, pois
Smith preferiu se dedicar a projetos mais
pessoais, como a série criminal
Rasl
e o
webcomic
Tuki: Save The Humans
.
Aproveitando a volta de
Bone
ao
mercado brasileiro – a HQM está para
lançar em breve o segundo volume –,
Jeff Smith, hoje com 55 anos, concedeu
essa entrevista para a
Mundo
, na qual
fala sobre seus principais trabalhos, o
documentário de 2009, sobre a sua carreira
e sua visão do mercado de quadrinhos.
Quando você decidiu tentar uma
carreira nos quadrinhos? Era um
sonho de infância?
De certa forma, sim.
Eu queriamuito, quando crescesse, me tornar
o Walt Disney, pois ele estava na TV todos os
domingos à noite. Alémdisso, eu adorava gibis
e desenhos animados. Mas só passei a levar a
ideiamais a sério quando entrei na faculdade.
Duas influências muito
perceptíveis em seu trabalho
vieram dos patos de Carl Barks
e do
Pogo
de Walt Kelly. Como
você entrou em contato com esses
personagens?
Quando eu era criança,
Barks e Kelly ainda estavamna ativa, perto
do final de suas carreiras. Mas as histórias
de Carl dos anos 1940 e 1950 ainda eram
republicadas todos os meses nos gibis da
Disney, enquanto Pogo ainda saía nos jornais.
Mas o que me cativou de verdade foramas
edições encadernadas de HQs de Walt Disney
que eu colecionava nessa época. Mais do
que colecioná-las, eu queria produzi-las!
De qualquer maneira, foramas revistas de
Jeff Smith
, criador de Bone, fala
sobre sua bem-sucedida carreira
no mercado independente e
como abordou um dos grandes
heróis da DC
Por heitor pitombo
divulgação
Arte original de
Bone
, o trabalho
mais conhecido
de Jeff Smith