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Pogo que influenciaram, emprimeira instância, meu
trabalho emBone. Isso, 25 anos antes de Maus [de Art
Spiegelman] ser publicado. Todos esses artistas eram
geniais ao desenhar animais engraçados e cercá-los de
cenários prodigiosos. Nisso, jamais foram superados.
Você criou Fone Bone, Phoney Bone e
Smiley Bone durante sua infância. Eles
foram pensados para ser sua versão
de Mickey, Donald e Pateta?
Não creio ter
pensado assimnaquela época, pois tinha só cinco anos
de idade. Mas, pensando bem, acho que sim. Trios
cômicos estavampor toda parte: Pernalonga, Patolino
e Gaguinho, os Irmãos Marx, Os Três Patetas... Parecia
importante ter três personagens para interagir.
Você já tinha ideias para as tramas?
Ah,
coisas simples, do tipo que vinham da cabeça de uma
criança. Os três primos Bone já estavam lá, com suas
personalidades mais ou menos definidas. Basicamente,
eu estava criando meus gibis do Tio Patinhas, com
Phoney no papel do pato mais rico de Patópolis. Phoney
era mais estourado do que Patinhas jamais foi.
Daí, por volta de 1982, já na faculdade,
você criou a tira
Thorn
...
Sim, esse era o
nome da tira que deu origemà série Bone. Cheguei a
desenhá-la diariamente, durante quatro anos, para o
Para quem chegou agora...
A trama de
Bone
é centralizada nos três primos Fone
Bone (o mais afável), Phoney Bone (o mais ranzinza)
e Smiley Bone (o mais pateta), a partir do momento
em que o trio é expulso de sua terra natal Boneville –
fato ocorrido depois que a campanha para prefeito de
Phoney fracassa. Logo, passam por andanças em que
se deparam com humanos – como a doce e misteriosa
Thorn e sua avó – e outras criaturas.