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Bem-vindo à selva
Por falar nas ilhas que ficam pró-
ximas a Belém – são mais de 40! –, é
lá que o viajante tem contato com ou-
tra atração local: a Selva Amazônica.
Existem várias agências que organi-
zam passeios e expedições pelos rios,
furos e igarapés dessa massa d’água
sem fim. Em alguns trechos, o Rio
Guamá e a Baía do Guajará chegam a
ter mais de um quilômetro de largura.
Para visitar as ilhas, é preciso em-
barcar em uma das grandes gaiolas
ou popopós (pequenas lanchas cujo
motorzinho faz esse som) que saem
da Estação das Docas ou do terminal
fluvial da Praça Princesa Isabel. O pas-
seio mais comum é o Orla ao Entar-
decer, para ver o pôr do sol no meio
da baía, que custa cerca de R$ 50 por
pessoa e demora aproximadamente
90 minutos, com saída todos os dias
por volta das 17h30.
Outra opção legal é o
tour
à Ilha
dos Papagaios, onde vivem dezenas
de milhares de aves que, quando
surgem os primeiros raios de sol no
horizonte, saem em revoada rumo
a Belém, causando uma algazarra
ensurdecedora e forrando o céu em
uma nuvem densa. É uma visão mar-
cante, mas que exige disposição: o
barco parte às 4h30 da madrugada.
Os
tours
mais completos incluem
almoço em alguns dos restaurantes
que funcionam nessas ilhas, visitas a
produtores de farinha, de açaí e de lá-
tex,
trekkings
pela selva e observação
de tucanos, macacos-pregos, antas,
jacarés e outros animais selvagens
em seu hábitat. Na agência Amazon
Star (91-3241-8624), expedições como
essas custam de R$ 140 a R$ 430 e du-
ram de quatro a 11 horas. Não deixe
de levar um bom repelente de insetos.
Agora, se você quiser ver belos
exemplares da flora e da fauna ama-
zônica, mas não está a fim de chacoa-
lhar por horas num barco ou acordar
muito cedo, vá até o Museu Emílio
Goeldi, respeitada instituição fundada
em 1866. Lá, onças, harpias, ariranhas,
tartarugas, peixes-bois e muitas outras
espécies típicas da região são mantidas
em viveiros, como em um zoológico. O
lago de vitórias-régias rende lindas fo-
tos. A entrada custa R$ 2.
Com todos esses predicados, Be-
lém é uma daquelas cidades especiais,
que deve ser degustada aos poucos. É
diversão garantida para quem deseja
conhecer uma cultura diferente no
próprio Brasil, para quem curte ter
contato direto com a natureza e para
quem tem água na boca. Boa viagem
e... bom apetite!
Praia na
Amazônia
Uma vez em Belém,
tire um dia para
descansar nas praias
de Mosqueiro (foto
acima), cerca de
55 quilômetros ao
norte do aeroporto,
ainda na capital
paraense. Por lá,
quando a maré está
alta, pequenas ondas
lambem a faixa de
areia. Já na maré
baixa, a orla fica
cheia de piscinas
naturais de água
salobra, por conta
da mistura da
água doce dos
rios com a salgada
vinda do oceano.
Mais adiante, a
165 quilômetros de
Belém, fica Algodoal
e sua famosa
Praia da Princesa,
classificada pela
revista
Time
como
uma das dez mais
bonitas do Brasil.
Mais adiante, na
cidade de Salinas, a
220 km de Belém,
há bonitas dunas
e praias excelentes
para a prática de
surfe e
kitesurfe
.
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