

Férias no Brasil
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Além de ser um excelente ponto de partida
para quem pretende explorar a maior floresta
equatorial do planeta e a riqueza histórica do Ciclo
da Borracha,
Belém
atrai mais e mais visitantes
por conta dos sabores e aromas típicos de sua
gastronomia única, cada vez mais admirada por
chefs
e
gourmands
do mundo todo
POR Kike Martins da Costa
Sabor da
Amazônia
C a p i t a l p a r a e n s e a p r e s e n t a d e b a n d e j a o
E
m linha reta, Belém fica a mais de 2.400 qui-
lômetros do Rio de Janeiro e de São Paulo. Até
Porto Alegre, são mais de 3.100 quilômetros. Por
isso, para ir até lá, a galera do Sul e do Sudeste
costuma buscar um bom motivo. Então, prepa-
re-se, porque aqui você vai descobrir pelo menos
três excelentes razões para curtir essa região re-
pleta de riqueza cultural, boa mesa e encantos naturais.
Uma visita à capital do Pará já valeria a pena se fosse
exclusivamente para conhecer as reminiscências do Ciclo da
Borracha. Na virada do século 19 para o século 20, a cida-
de espremida entre a selva e o “mar” de água doce do del-
ta do Amazonas viveu seu apogeu, com riquíssimas famílias
ocupando casarões com traços arquitetônicos inspirados
em mansões da
belle époque
de Paris (França), Florença (Itá-
lia) e Lisboa (Portugal). Construídos ao longo de arborizados
e amplos bulevares, muitos desses casarões são delineados
por frondosas mangueiras, cujos saborosos frutos hoje, prin-
cipalmente entre outubro e março, despencam no meio-fio.
A prosperidade e a opulência à época eram tamanhas que
Belém foi a primeira cidade do país a ter bondes elétricos nas
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belém
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Fotos: Rodrigo José / 1 Shutterstock.com / 2 Tassia Barros